O PORTAL POÉTICO CCF é o meu "Recanto das Letras", o "My Space" Literario, o meu "Facebook" autoral. Aqui um "Overmundo" de textos "Para ler e Pensar", está a sua disposição. (M)ande-me (S)ua (N)ota, seu comentário. Sua Opinião sempre foi importante para mim. QUANDO ELA NÃO INFLOU O MEU EGO, CORRIGIU O MEU RUMO. Estou no aguardo da sua opinião em 2017, ok? Um abraço! Na foto, eu numa Celfie(Com "C" mesmo) ao lado do busto de Mario de Andrade. CCF
SARAU DOS PENSADORES-ESPECIAL DE FIM DE ANO 2023
quarta-feira, outubro 10, 2007
CÃES SOLTOS, PERIGO A VISTA
Uma linda manhã de primavera.
Para quem está no ócio, um convite a um lazer, um passeio, com seu cão pelas ruas da cidade, do seu bairro!
Era justamente o que fazia aquele senhor. Seu cão, um pitbull caminhava a seu lado, corretamente preso a uma coleira.
O homem e a fera em perfeita sintonia de passos por uma das ruas do Sítio do Campo.
De repente, na contra mão da bela manhã, surge um Rotwailler. Livre, sem amarras e sem dono.
Ele avista o pitbull e avança ferozmente sobre o seu, naquele momento pior inimigo. O Pitbull não se intimida e encara o seu agressor.
O Dono do Pitbull procura afastar o Rotwailler. Grita, joga um pé de chinelo nele e esse gesto o atiça ainda mais.
Os pontiagudos dentes brancos estão à mostra. Acima deles, um olhar predador.
O homem pega o seu cão no colo e corre no sentido contrário ao que estava indo. Busca chegar ao portão da sua casa a poucos metros daquela esquina da discórdia canina.
A tentativa de fuga é dramática. Ele tropeça, vai ao chão e o seu cão lhe escapa, mas o Rotwailer o alcança e o puxa pelo pescoço para o meio da rua.
A luta das espécies começa.
Surpreendentemente o Rotwailler após um verdadeiro ipon no Pitbull, perde o interesse na luta e se afasta.
O pitbull arrasta sua coleira e suas dores em direção ao seu dono.
Por que o Rotwailler deixará o campo de batalha tão repentinamente como entrara?
A razão aponta na curvatura da esquina, seu dono.
Agora estavam frente a frente, os dois donos. Começa uma discussão, um bate boca inevitável.
Agora já não era uma luta entre espécies irracionais. O conflito era humano. Em questões assim, os humanos são sempre irracionais.
Eu, e os dois cristãos que faziam trabalho de campo e que estrategicamente, se refugiaram na minha garagem, assistimos os fatos, deplorando-os.
Ainda tenho em mim, passado a refrega entre as espécies, uma preocupação.
E se fosse eu que estivesse a passear com a minha pequena e dócil vira-lata Sandy, naquela manhã primaveril?
E se fosse você?
Afinal, no Sítio do Campo Um Rotwailler, bem como cães de todas as raças, solto pelas ruas, não é novidade para ninguém.
Tudo é uma questão de mudar de itinerário. Isto, quando dá...
quarta-feira, outubro 03, 2007
AOS MONGES DE MIANMAR
O artigo 4º da nossa carta magna, afirma que a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais, pela prevalência do respeito aos direitos humanos.
Só uma situação pode explicar a posição da diplomacia Brasileira em relação ao que hoje ocorre na antiga Birmâmia, atualmente conhecida como Mianmar.
Essa situação é a crescente influência da china, com seus penduricalhos de qualidade paraguaia, sobre os governantes brasileiros.
Para esses em Mianmar existe uma boa ditadura e essa ditadura pode continuar a gerir os destinos daquele País, através do diálogo entre as partes.
DIALOGO!
Como seria esse diálogo companheiros?
Os monges budistas e o povo de Mianmar, sabem como é esse diálogo, tanto quanto a nossa população refém da marginalia política e criminal, com seu poder de fogo apontado para o peito do cidadão brasileiro.
O assento no Conselho de Segurança da ONU, pretendido pelo governo brasileiro, quando conseguido, e com o apoio Chinês, estará manchado com o sangue de um povo que quer, como nós o fizemos um dia, livrar-se de uma ditadura violenta que massacra os habitantes de Mianmar.
E manchado também pelo silêncio daqueles que por aqui, num passado não muito distante, eram contra todas as formas de ditadura. Mas que hoje porém, delas se aproximam e fazem bons negócios em benefício próprio.
Tanto quanto um celeiro de craques, usando uma metáfora futebolística, da qual tanto gosta o presidente "Deste" Páis, o Brasil é um celeiro de revolucionários bem-sucedidos socialmente cujo único legado para a posteridade será a sua rápida adaptação ao sistema que tanto combateram.
Dos iguais braços dados ou não, estamos caindo no esquecimento da canção. Mas eu a dedico aos Monges e Mianmarenses que acreditam nas flores vencendo o canhão.
Apenas desejo, neste meu desencanto inspirado em Vandré, aos Monges e mianmarenses, que derrotado o canhão, eles não sejam submetidos a moral dos mensaleiros, como nós fomos um dia, quando os revolucionários companheiros conquistaram o poder pelo voto e dessa moral não conseguimos mais nos ver livres.
JORNAL DE DEBATES – POSIÇÃO ATÉ 20/10/07 REFERENTE AO TEMA:
Mundo
Por que a ONU não intervém em Mianmar?
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