SARAU DOS PENSADORES-ESPECIAL DE FIM DE ANO 2023

sexta-feira, janeiro 30, 2009

TECOS DA VIDA REAL-1º CAPITULO - O AMOR E O VENTILADOR

1972, neste ano eu vivia de forma verdadeira e intensa a minha primeira paixão.
Na verdade, vivíamos! Pois Helena também estava apaixonada por mim.
Éramos, na opinião de moradores do bairro da Cruz Vermelha, centro do Rio de Janeiro, o casal mais representativo do amor que deveria existir entre um homem e uma mulher.
Mas havia uma situação que nos incomodava e começava a nos trazer complicações.
Nesta época, eu ainda não completara 17 anos e Helena estava com 21 anos já feitos.
Nosso romance acontecia há dois anos e a hora da verdade para cada um de nós aproximava-se de forma a revelar os caminhos dos nossos destinos.
Eu, a quem cabia as mais importantes decisões, estava numa ferrenha briga com o mundo material, pela vitória do meu sentimento. Mas estava dando tudo errado e a cada dia a minha batalha se transformava num doloroso angustiante fracasso.
Eu queria dar o Sol e a Lua para Helena, porém não conseguia dar um passo rumo à satisfação das necessidades daquela que eu queria que fosse a minha mulher, para sempre!
A primeira vítima da minha temporal depressão, foi a minha mãe, que, com muito jeito, e apoio da Helena, conseguiu me convencer a procurar ajuda com um especialista médico.
Minha mãe marcou uma consulta com um Psicanalista (Analista na época ainda não era uma expressão em moda) do setor de Psiquiatria do então INPS (Instituto Nacional de Previdência Social).
Eu cheguei ao posto do Instituto acompanhado de Helena. Em atenção à minha mãe, a quem conhecia, o Doutor permitiu que Helena participasse da sessão. Para minha mãe, Helena era a garantia de que eu não entraria em parafuso durante a consulta.
Entrei na sala e aquele homem de jaleco branco, calça jeans e alpargata, indicou-nos as cadeiras postadas à frente da sua mesa. Pediu que o aguardássemos por um instante e saiu da sala, com passos tão rápidos que seus longos cabelos, já embranquecidos pelo tempo, esvoaçaram.
Eu e Helena, nos dedicamos então a correr os olhos pela sala onde uma mesa com livros e papeis espalhados desordenadamente se impunha sobre os demais móveis. Uma velha prateleira, onde o sebo nos vidros dificultava muito ver o que havia lá dentro, parecia querer desabar a qualquer momento, tamanha a sua inclinação. Na parede, uma estante de jornais velhos, empilhados, tendo em cima um telefone cuja função era a de servir de peso para que a pilha não se deslocasse para um dos lados e viesse ao chão. O fio desse telefone, estendido em paralelo à parede, parecia uma serpentina, e não tinha função nenhuma. A tomada ficava do outro lado da sala e nela estava ligado um preguiçoso ventilador.
O empoeirado ventilador, sempre que completava o seu curso, emitia um barulho como o de uma régua chocando-se contra uma lousa.
Teck....Teck...Teck....Teck
Um homem, com roupas de serviços em manutenção, entrou na sala, passou por nós, sem sequer nos olhar, ajoelhou-se diante do ventilador e ficou a mexer até que se levantou e tal como entrou, saiu da sala. O ventilador parou de emitir aquele som sem sentido para nós e até ficara mais veloz e ventoso.
Alguns minutos depois, o Doutor retornou a sala e se colocou diante de mim do outro lado da mesa, disposto a ouvir-me. Nossa conversa ia bem, mas não durou muito. De repente o Doutor parou, como a farejar algo no ar. Colocou o seu indicador diante dos lábios impondo-me o silêncio e virou se em direção ao canto onde estava o ventilador.
Ficou por instantes a olhar aquela peça de museu e no minuto seguinte explodiu.
O que se seguiu a essa explosão foi um corre-corre de pessoas, entrando e saindo da sala, procurando: primeiro acalmar o Doutor e na seqüência encontrar o funcionário que havia mexido no ventilador e dele retirado o “Teck”.
O funcionário (coitado!) foi encontrado e colocado diante do seu algoz. Após passar pela ira do homem de branco que o colocou num nível de idiotia absoluta, voltou a se ajoelhar diante do ventilador e dali só se levantou quando finalmente conseguiu colocar nele de volta, o Teck.
O êxtase do Doutor diante do seu ventilador tal como era antes durou uns 15 minutos, findo os quais ele lembrou-se de mim e retomou a consulta.
Ah! Você deve encontrar-se curioso quanto ao diagnóstico desse médico, dado ao meu dilema.
De fato! Ele o resolveu, indo ao fundo do problema...mas isto é assunto para um novo capítulo da minha própria novela.
Aguarde!

domingo, janeiro 25, 2009

OBRIGADO INTERNAUTA AMERICANO

Partiu dos Estados Unidos, o primeiro registro de um acesso internacional ao "PORTAL POÉTICO CCF". Espero que os meus textos tenham agradado ao internauta que o acessou.
Obrigado a esse histórico visitante e espero que ele continue a me acessar e a me divulgar nos E.U.A e outros paises do planeta terra.
Terça-Feira(27/03/2009) este Blog estará completando 3 anos de postagens. Mais de cem titulos já publicados. Estrear no cenário internacional é um presente!

Atenciosamente,
Celso Corrêa de Freitas
C C F

segunda-feira, janeiro 19, 2009

PAZ DE CONTA

Introdução: Não sou Judeu, sou Brasileiro, Cristão Católico e em tudo que ouço e vejo, mantenho a minha posição de que ninguém me faz eu mesmo me construo.
Imagina que você e sua família, composta de 7 pessoas, recebessem num determinado tempo, 14,5 KM²
Do qual mais de 80% ou 12 KM² seriam constituídos de terreno árido e inóspito. Imagina você tendo apenas 2,5 KM² de terra para produzir.
Imagina, que um seu vizinho, que até então vivia em PAZ com você, também recebesse algo parecido com o que você recebeu.
Esse vizinho com seus 13 familiares recebeu 11 KM² de terras próprias para serem habitadas e para produção.
Bom...a partir dai, você a quem coube quase nada produtivo, transformou aquele presente de grego numa “fazenda” operacionalmente eficaz em todos os aspectos, gerando benefícios para os seus e muitos, inclusive “muitos” distantes.
Enquanto isso, aquele seu vizinho, sectário de uma seita antagônica a sua crença, ao invés de cuidar do que lhe pertencia, deixa que suas terras tornem-se o retrato da miséria, pobreza e subdesenvolvimento econômico, apesar de toda a ajuda que nunca lhe foi negada pelos seus pares. De uma hora para outra esse vizinho resolve lançar os olhos sobre o que é seu.
Mais do que isso, decide que ali você não pode ficar e que vai jogá-lo...digamos assim “ao mar”.
Imagina...
O que você faria?
O que eu Faria?
Para mim, é difícil suportar o vômito daqueles que só encontram razão no absurdo. Talvez isso se explique pelo estranho comportamento de suportarmos a mentira como artifício e não a verdade como realidade dos fatos.
Eu fico com a história.
Esse “um” pode tudo e os infiéis que se lasquem, revela uma hipocrisia, essa sim desproporcional, que isso sim, não mantém a PAZ em qualquer lugar do mundo.
É lamentável a distorção intencional da história, que se faz com fatos e documentos, segundo Gothe.
Já passou da hora de se dizer e mostrar para os inocentes úteis o que está além daquilo que só a paixão determina.
Está na hora, de você, em qualquer lugar desse mundo, tal como eu aqui em Praia Grande-SP, assumir a sua porção Judia e dizer sem medo para quem quiser ouvir:
“Deixem Israel em Paz, e vivam também em Paz.”
Se você não fizer assim, então a paz que você prega é uma “paz de conta”.
E quem paga o preço dessa conta? Todos aqueles que precisam viver em paz, para construir o futuro da humanidade.
Tanto o meu filho na ilusória segurança da minha casa, quanto uma criança em gaza.
FIM

sexta-feira, janeiro 16, 2009

HOMENS DE CERA

Foto:Folha de São Paulo-16/01/09
Ser humano empalhado não existe! Ser humano de cera sim. Existe até um museu nesse estilo! Os animais não, esses sim podem ser empalhados. O ser humano só presta, enquanto vive!

RL 126