SARAU DOS PENSADORES-ESPECIAL DE FIM DE ANO 2023

quarta-feira, outubro 10, 2007

CÃES SOLTOS, PERIGO A VISTA


Uma linda manhã de primavera.
Para quem está no ócio, um convite a um lazer, um passeio, com seu cão pelas ruas da cidade, do seu bairro!
Era justamente o que fazia aquele senhor. Seu cão, um pitbull caminhava a seu lado, corretamente preso a uma coleira.
O homem e a fera em perfeita sintonia de passos por uma das ruas do Sítio do Campo.
De repente, na contra mão da bela manhã, surge um Rotwailler. Livre, sem amarras e sem dono.
Ele avista o pitbull e avança ferozmente sobre o seu, naquele momento pior inimigo. O Pitbull não se intimida e encara o seu agressor.
O Dono do Pitbull procura afastar o Rotwailler. Grita, joga um pé de chinelo nele e esse gesto o atiça ainda mais.
Os pontiagudos dentes brancos estão à mostra. Acima deles, um olhar predador.
O homem pega o seu cão no colo e corre no sentido contrário ao que estava indo. Busca chegar ao portão da sua casa a poucos metros daquela esquina da discórdia canina.
A tentativa de fuga é dramática. Ele tropeça, vai ao chão e o seu cão lhe escapa, mas o Rotwailer o alcança e o puxa pelo pescoço para o meio da rua.
A luta das espécies começa.
Surpreendentemente o Rotwailler após um verdadeiro ipon no Pitbull, perde o interesse na luta e se afasta.
O pitbull arrasta sua coleira e suas dores em direção ao seu dono.
Por que o Rotwailler deixará o campo de batalha tão repentinamente como entrara?
A razão aponta na curvatura da esquina, seu dono.
Agora estavam frente a frente, os dois donos. Começa uma discussão, um bate boca inevitável.
Agora já não era uma luta entre espécies irracionais. O conflito era humano. Em questões assim, os humanos são sempre irracionais.
Eu, e os dois cristãos que faziam trabalho de campo e que estrategicamente, se refugiaram na minha garagem, assistimos os fatos, deplorando-os.
Ainda tenho em mim, passado a refrega entre as espécies, uma preocupação.
E se fosse eu que estivesse a passear com a minha pequena e dócil vira-lata Sandy, naquela manhã primaveril?
E se fosse você?
Afinal, no Sítio do Campo Um Rotwailler, bem como cães de todas as raças, solto pelas ruas, não é novidade para ninguém.
Tudo é uma questão de mudar de itinerário. Isto, quando dá...

quarta-feira, outubro 03, 2007

AOS MONGES DE MIANMAR


O artigo 4º da nossa carta magna, afirma que a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais, pela prevalência do respeito aos direitos humanos.

Só uma situação pode explicar a posição da diplomacia Brasileira em relação ao que hoje ocorre na antiga Birmâmia, atualmente conhecida como Mianmar.

Essa situação é a crescente influência da china, com seus penduricalhos de qualidade paraguaia, sobre os governantes brasileiros.

Para esses em Mianmar existe uma boa ditadura e essa ditadura pode continuar a gerir os destinos daquele País, através do diálogo entre as partes.

DIALOGO!

Como seria esse diálogo companheiros?

Os monges budistas e o povo de Mianmar, sabem como é esse diálogo, tanto quanto a nossa população refém da marginalia política e criminal, com seu poder de fogo apontado para o peito do cidadão brasileiro.

O assento no Conselho de Segurança da ONU, pretendido pelo governo brasileiro, quando conseguido, e com o apoio Chinês, estará manchado com o sangue de um povo que quer, como nós o fizemos um dia, livrar-se de uma ditadura violenta que massacra os habitantes de Mianmar.

E manchado também pelo silêncio daqueles que por aqui, num passado não muito distante, eram contra todas as formas de ditadura. Mas que hoje porém, delas se aproximam e fazem bons negócios em benefício próprio.

Tanto quanto um celeiro de craques, usando uma metáfora futebolística, da qual tanto gosta o presidente "Deste" Páis, o Brasil é um celeiro de revolucionários bem-sucedidos socialmente cujo único legado para a posteridade será a sua rápida adaptação ao sistema que tanto combateram.

Dos iguais braços dados ou não, estamos caindo no esquecimento da canção. Mas eu a dedico aos Monges e Mianmarenses que acreditam nas flores vencendo o canhão.

Apenas desejo, neste meu desencanto inspirado em Vandré, aos Monges e mianmarenses, que derrotado o canhão, eles não sejam submetidos a moral dos mensaleiros, como nós fomos um dia, quando os revolucionários companheiros conquistaram o poder pelo voto e dessa moral não conseguimos mais nos ver livres.

JORNAL DE DEBATES – POSIÇÃO ATÉ 20/10/07 REFERENTE AO TEMA:
Mundo
Por que a ONU não intervém em Mianmar?
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RL 126