sexta-feira, agosto 12, 2016

HÉLIO VIEIRA ANDRADE

Meu nome: Hélio Vieira Andrade
Não sou daqui!
Sou de Roraima-Região Norte
E o que me trouxe aqui?
Uma missão.
Que muito desejei ser de paz.
Nela coloquei meu coração
Acreditando ser capaz
De minhas tarefas cumprir.
Agora nesta bancada fria
Meu corpo inerte
Aguarda o momento de partir
De volta para o meu chão
Não pelos meus próprios passos
Mas dentro de um caixão.
As lágrimas derramadas
Pelos meus neste momento
Vão dar lugar a outras
E cair no esquecimento
Enquanto a população dominada
Verá a cidade maravilhosa
Se transformar a cada boca implantada
Num lugar certo para se morrer
Como eu morri
Quando o que eu mais queria
Era viver
Para lhe servir.
                 Fim

Para mim! Senhor, que não seja mais assim, para ninguém.

Nota: Eu escrevi este poema em homenagem ao soldado Hélio Vieira Andrade no começo da noite de ontem(11/08/2016). Quando as informações era que ele tinha sido operado, e que havia sido transferido para a UTI do Hospital Salgado Filho. Escrevi o que meu coração sentia, e o que ele sentia é algo muito triste que atropela as informações apresentadas.
Acho que um dia só de luto, é muito pouco para mostrar a indignação dos brasileiros com o acontecido.
Desejo que a organização da Olimpíada conceda a esse guerreiro brasileiro, uma medalha de mérito por sua vontade de ali estar contribuindo para a paz olímpica.
E que os governantes do Rio de Janeiro, tenham vergonha na cara, e comecem de fato a governar este Estado!

Celso Corrêa de Freitas

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RL 134 PARTE 1