SARAU DOS PENSADORES-ESPECIAL DE FIM DE ANO 2023

segunda-feira, março 27, 2006

A REPÚBLICA

A REPÚBLICA
Depois da Ditadura propriamente dita, da Ditadura do ufanismo, da ditadura
do liberalismo (não só econômico), estamos atualmente vivendo a Ditadura da
idiotia.
Hoje, temos que aceitar como perdoável àquilo que em tempos colloridos o povo no
seu todo, não aceitou.
O que aconteceu nas entranhas do governo petista e o que continua a eclodir,
a cada minuto nos porões da República de Garanhuns, não serve para esta súcia,
como parametro de julgamento dos seus atos.
Institucionalizaram o absurdo!
Estornaram a vergonha e contabilizaram o oportunismo.
O Presidente pede que o deixem governar até o fim do seu mandato. Qual o
preço que teremos de pagar ao aceitar esta solicitação?
O de sepultar a ética, a moral, valorizando a corrupção e o desgoverno!
Que República é esta?
A muito esta que está ai, deixou de ser a República pensada por Deodoro,
Prudente de Morais Nilo Peçanha, Juscelino Kubichek e outros próceres. Esta República que ora
nos coloca o nariz de palhaço não é nossa, é alienígena e sob o manto
vermelho da hipocrisia está a nos colocar o cabresto da ignorância. E isto
não é de agora, já vem de longe, não começou com o Partido do Presidente,
mas encontrou na cabeça dos seus principais dirigentes, o abrigo perfeito, o
habitat propício às maquinações que estão a contaminar, o Executivo, o
Legislativo e o Judiciário.
Juscelino penou com Carlos Lacerda. E a bronca de Lacerda se suportava na
mudança da capital do Brasil para o meio do nada que depois veio a se chamar
Brasília.
Tivéssemos um Lacerda hoje...
Contudo, é bastante provável que os seus algozes não falhariam, como
falharam no passado na desastrada ação que culminou com o suicídio de
Getulio Vargas.
Grandeza! Diante do insustentável é o ultimo recurso do homem público, do
herói, do estadista.
Eu não tenho ilusões de ver este sentimento perpetrado pelos nossos
políticos atuais. A grande maioria deles está no paraíso, enquanto o povo
navega na cesta básica da bolsa família em direção a Cachoeira deste
Ribeirão Preto de lama.
Quando o vendaval passar, quem vai juntar os cacos, não serão estes que
estão a querer de qualquer jeito manter os seus nacos de poder. Estes vão
saber que a história não perdoa os traidores, os vendilhões e o esquecimento
nas urnas será o seu amargo castigo.


Celso Corrêa de Freitas

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